Quando começa o AMOR? 

Um gesto, uma palavra , um convite? Depende. 
É só observar ao redor para perceber que alguém pode surgir, para algumas pessoas, de uma maneira bem simples e rápida. Às vezes basta apenas um olhar. Outras precisam de tempo, talvez meses.
E morre quando termina a admiração. 

Simples assim. 
É claro que a falta de respeito, de diálogo, de atração influenciam bastante, mas acredito que quando a admiração desaparece, o amor inevitavelmente some junto.
Tive uma longa história com um cara que, embora nunca tenha sido meu namorado, eu gostava bastante. Independentemente de quanto tempo se passasse, sempre voltávamos a ter contato em algum momento de nossas vidas.

Até que eu simplesmente parei de sentir falta daquela presença. Em princípio fiquei desapontada, gostava de cultivar aquele sentimento, achava interessante.

Mas quando percebi que eu tinha sepultado tudo o que sentia, comecei a me questionar, a querer entender os porquês de tamanho distanciamento. 
A resposta não demorou muito a aparecer. 
Ele era sincero, carente, gostava de mim, estava sempre querendo me agradar ou mostrar o quanto eu era importante... mas me decepcionou com as atitudes que tomava, com o jeito que levava a vida.

Aí eu pergunto: que acréscimo um convívio desse poderia me proporcionar? Porque eu jamais conseguiria construir alguma coisa ao lado de alguém que eu sentisse pena, ou precisasse ficar consolando intermitentemente.

Fez algo para mudar? Não, nem perto. 
Cheguei a admirá-lo, assim que o conheci. Depois concluí que o que eu admirava era a pessoa que eu achava que ele era e não quem ele era de verdade. Foi então que passei a vê-lo como um menino perdido, covarde, inseguro, acomodado. Jamais o vi fazer uma escolha que despontasse orgulho em mim. Ele tinha vários planos, mas deixava que os meses passassem sem que os planos saíssem, de fato, do papel. 
E o pior é constatar que se encontrá-lo daqui a cinco ou dez anos, provavelmente ele estará na mesma inadmiravel inércia. 

Contribuindo, quem sabe, com a morte de outros amores até o da própria esposa... 


Quem escreve

Quem escreve
Radiologista estudante de enfermagem, gaúcha, 23 anos, guru por acaso e maquiadora por amor. Fascinada por tudo que é ligado a beleza e compartilhar é a minha diversão... Fã de gentileza, caráter e bom humor. Montenegro, RS

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